Criarumemail.com/

Ăšltimos Posts

 Mais um Estilo UEM para vocĂŞs. 

Trazendo dessa vez Guilherme Baroni, aluno do 1° ano do curso de Design de Produtos. Tendo um estilo streetwear, transmitindo sua criatividade nas roupas, tatuagens e no seu grafite!

Arrasta pro lado pra conhecer mais um pouco sobre!! 🛹













E depois de um tempo nosso estilo UEM está de volta!! 

Voltando com o estilo de nossa veterana desta edição, Bárbara Martinez, com seu estilo pop e criativo, transmitindo alegria e harmonia com seus looks coloridos!

Para saber mais sobre, arrasta para o lado ➡️✂️🧶🧵✨🎨



















 

Dados histĂłricos dos tĂŞxteis: Denim/Jeans (Texto completo)

O tecido jeanswear em seu contexto histĂłrico tem-se a origem da palavra “jeans” que vem da Itália na cidade de GĂŞnova. Delfino (2005, p.14) comenta: “voltando cinco sĂ©culos de histĂłria, no SĂ©culo XVI, os marinheiros genoveses chamavam suas calças de trabalho de ‘Genes’, uma espĂ©cie de abreviação da palavra Genova. E ‘Genes’ falado com o forte sotaque italiano acabou virando Jeans”. O jeans torna-se democrático e jovem, como comenta (BUZIN; VASQUES; PINHEIRO; FORTUNATO; PAIVA; LOCATELLI, 2021, p.100),
    O jeans pode ser analisado como uma peça democrática, que abrange diversas classes e perĂ­odos, sendo facilmente encontrado no dia a dia de diferentes usuários. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE em 2018 revela que os consumidores entrevistados possuem em mĂ©dia nove peças de jeans, evidenciando sua popularidade. Ao analisar a cronologia histĂłrica do Denim, percebe-se que no sĂ©culo XIV era utilizado por trabalhadores que exigiam peças feitas de materiais mais resistentes e por consequĂŞncia, comumente representados por mineradores e cowboys americanos.
    O Ă­ndigo blue Ă© devido ao tingimento ser azul feito do corante Ă­ndigo, desse modo, surgiu o termo Denim ĂŤndigo Blue, que originalmente eram tecidos pesados, de 14 oz (onças) ou mais. PorĂ©m, o mercado acabou produzindo outras gramaturas como 5, 7, 9, 10, 11 e 12 onças e outras, para atender uma fatia maior de consumidores. “Onças ou oz Ă© a medida de peso inglesa, que equivale a 28,34 gramas, e quando dizemos que um tecido tem 12 oz, queremos dizer que um metro quadrado de tecido pesa 12 oz, ou seja, 28,34x12 que Ă© igual a 340,8 gramas por metro quadrado” (OLIVEIRA, 2008, p.24).
Apesar do tingimento ter surgido como um corante natural, para suprir a demanda do mercado, os corantes de cunho sintĂ©tico sĂŁo mais utilizados pela praticidade, economia e rapidez que eles oferecem. “A estrutura quĂ­mica do Ă­ndigo foi apresentada por Adolf von Bayer em 1883 e o produto sintĂ©tico, colocado no mercado pela primeira vez em 1897, pela BASF” (CUNHA, 1994, p.28).
    Dessa maneira, percebe-se que a transformação de um tecido jeans tem suas particularidades, estruturas e histĂłrias, atualmente na indĂşstria tĂŞxtil na fabricação deste produto utiliza ligações 2x1 ou 3x1, comercialmente conhecida como sarja 2x1 ou sarja 3x1. “De um modo geral, o Denim resulta de uma trama branca e de um urdimento tinto. Se tingimos o urdume com corante Ă­ndigo, o tecido resultante será um ĂŤndigo Denim Azul genuĂ­no” (ESTEVES, 1994, p.42).


REFERĂŠNCIAS

VASQUES, Ronaldo Salvador; FORTUNATO, FabrĂ­cio de Souza; DE BRITO, Márcia Regina Paiva; DO BEM, Natani Aparecida; MAIA, Elaine Regina Brito.  BANDEIRA TĂŠXTIL DA TECIDOTECA: análise por determinação da resistĂŞncia Ă  tração e alongamento do tecido jeanswear. Ponta Grossa - Pr: Editora Atena, 2022. DisponĂ­vel em: https://www.atenaeditora.com.br/catalogo/post/bandeira-textil-da-tecidoteca-analise-por-determinacao-da-resistencia-a-tracao-e-alongamento-do-tecido-jeanswear. Acesso em: 04 dez. 2023.



Gráfico de determinação da resistência à tração e alongamento do urdume:









Gráfico de determinação da resistência à tração e alongamento do urdume:





Dados histĂłricos dos tĂŞxteis: Poliamida e Lycra (Texto completo)

É importante que aprendamos conhecer, entender, conservar e organizar os têxteis como documentos que possibilitem, por meio da análise e da leitura, dominar sua historicidade técnica e estética. Assim estaremos criando uma documentação para pesquisar o mundo para o qual foi construído (CHATAIGNIER, 2006, p. 13). A tecelagem, segundo Pezzolo (2009), é considerada uma das artes mais antigas do mundo, surgiu entre os seres humanos com o intuito de proteger o corpo, por meio dos tecidos.
Saber tecer tecidos de fibras naturais são conhecimentos que se perpetuam na história da humanidade desde sua origem, embora no século XXI, o princípio básico da elaboração de um tecido continua o mesmo que era usado pelo homem na Antiguidade. Com os avanços tecnológicos e informatização das indústrias, deu-se o surgimento de matérias-primas diversificadas, ampliando o universo dos tecidos. A Fibra da poliamida (PA) faz parte destes avanços por apresentar uma variedade de usos, desde a indústria de mobiliária, passando pela automobilística e chegando enfim à indústria do vestuário, proporcionando, também, extrema durabilidade para equipamentos de proteção, vestuário para pilotos de avião a jato, abrasivos industriais e isolamento elétrico. Essa diversidade de utilizações é o resultado de propriedades excepcionais, incluindo flexibilidade, estabilidade dimensional, resistência à abrasão, durabilidade, rigidez, receptividade a corantes, resistência ao calor, capacidade de reciclagem e excelentes propriedades de revestimento (RHODIA, s.d, apud VALENTE, 2011).
No contexto da indústria têxtil, o elastano (PUE) é uma fibra, também sintética, muito utilizada na inserção de trama de um tecido. Segundo Pezzolo (2009), o elastano exerce papel complementar em relação às demais fibras da indústria: sua função específica é conferir elasticidade aos tecidos convencionais (de malha ou planos), o que permite confeccionar peças de vestuário com aderência ao corpo, de maneira a acompanhar a silhueta corporal de modo que os movimentos não sejam impedidos.
O elastano, segundo Callan (2009), é conhecido dentro do vocabulário habitual como Lycra, marca registrada lançada em 1958 pela DU PONT nos Estados Unidos. A Lycra é resistente à abrasão, e, ao ser esticada, volta à forma original. Desde sua origem, passou a ser um componente essencial do segmento underwear. Durante a década de 1970 foi incorporada à meia-calça e ao segmento fitness e swimwear.

ReferĂŞncias:

CALLAN, Georgina O’Hara. EnciclopĂ©dia da moda. Companhia das Letras. SĂŁo Paulo, 2007.
MENDONÇA, ERILDA. Design de produto: desenvolvimento de coleção para a prática de Esporte Orientação.
PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: histĂłrias, tramas, tipos e usos / Dinah Bueno Pezzol. – SĂŁo Paulo: Editora Senac  SĂŁo Paulo, 2007.
VALENTE, Amanda Caroline; DE OLIVEIRA, Rui. Poliamida: Solidez da Cor para o Desenvolvimento da Industria. Revista da UNIFEBE, v. 1, 2011.


Gráfico de determinação da resistência à tração e alongamento do urdume:
 






 


Gráfico de determinação da resistência à tração e alongamento do urdume:






Dados histĂłricos dos tĂŞxteis: Chita (Texto completo)

A chita possui fios de trama e fios de urdume que cruzam e formam a armação conhecida como tela ou tafetá, um fio por cima e um fio por baixo, em geral de puro algodão (CO) e inicialmente em tom cru e depois fabricado com estamparia grande e colorida.
 Suas origens localizam-se na ĂŤndia e o tecido foi percebido pelos portugueses que o levaram para sua terra natal, movidos pela beleza tĂŞxtil e, especialmente, o seu baixo custo. A Inglaterra tambĂ©m fez uso deste tecido popular, que hoje tem a marca de made in Brazil.
    Sendo um dos elementos mais representativos da cultura brasileira, a chita, se faz presente principalmente nas vestes e na decoração das festas de SĂŁo JoĂŁo, tornou-se moda na dĂ©cada de 1970, retornando recentemente em criações alternativas de jovens estilistas.
    O valor destinado ao tecido no campo da moda e toda a representação que conferiu Ă  moda brasileira, principalmente do ponto de vista do olhar estrangeiro tem como precursora a estilista carioca Zuzu Angel. Em coincidĂŞncia com a histĂłria de Zuzu Angel, a primeira empresa a fabricar a chita no Brasil se situava na cidade natal da estilista, Curvelo, e atĂ© o ano de 1961 dedicou sua produção tĂŞxtil exclusivamente Ă  chita. Garcia (2010) assimilava o tecido a uma alternativa barata da cambraia de algodĂŁo e no comĂ©rcio francĂŞs era destinado principalmente aos africanos.
    Derivados da chita, a chitinha, caracterizada por flores pequenas estampadas, e o chitĂŁo, tecido de largura superior ao tamanho padrĂŁo e com flores grandes, eram muito utilizados como forros de colchĂŁo, aventais e outros tĂŞxteis domĂ©sticos. Diferente de outros paĂ­ses, o Brasil adotou a chita e suas variações como um tecido que pode estar nas passarelas dos eventos de moda,seja em seus motivos florais vibrantes, com suas cores contrastantes entre si, reproduzindo de forma visual esse ambiente tropical e alegre caracterĂ­stico do nosso paĂ­s, transformando-a em um Ă­cone que melhor traduz o significado de brasilidade e variedade do povo brasileiro.


REFERĂŠNCIAS


BARBEIRO, Priscila; SIMILI, Ivana Guilherme. Tecidos Culturais: a chita no carnaval pernambucano. In: Congresso Internacional de HistĂłria. Anais..., 2015.
________. Flores, cores e formas: o Brasil estampado de chita. Revista Visualidades. Goiânia, 2016.
CALLAN, Georgina O’Hara. EnciclopĂ©dia da moda. Companhia das Letras. SĂŁo Paulo, 2007.
CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. Editora: Estação das Letras. São Paulo, 2006.
SIMILI, Ivana Guilherme. Tecidos, linhas e agulhas: uma narrativa para Zuzu Angel. Revista Tempo e Argumento, 2015.



Gráfico de determinação da resistência à tração e alongamento do urdume: